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Papa Francisco encerra nesta segunda (30) sua visita pela África.

No domingo (29) ele esteve, pela primeira vez, em uma área em conflito.
Papa abriu a porta santa da catedral e antecipou Jubileu da Misericórdia.

 


Após desembarcar na cidade africana de Bangui, o papa Francisco defendeu neste domingo (29) maior unidade na República Centro-Africana. O sumo pontífice pediu à população que não ceda "ao medo do outro" em um país assolado pela violência sectária.
Em um discurso no palácio presidencial, pouco depois de desembarcar na capital do país, o papa, de 78 anos, fez um apelo à unidade e a não ceder ante "a tentação do medo do outro, do desconhecido, do que não é parte de nosso grupo étnico, nossas opiniões políticas ou nossa confissão religiosa".


O pontífice também aproveitou a oportunidade para destacar que espera que as eleições na República Centro-Africana ajudem o país a abrir "um novo capítulo".
"É meu desejo fervoroso que as diversas consultas nacionais que acontecerão nas próximas semanas permitam ao país empreender serenamente um novo capítulo de sua história", disse.
"Apesar das dificuldades, a República Centro-Africana avança progressivamente para a normalização da vida política e social", disse.
"Venho a esta terra pela primeira vez como peregrino da paz e apóstolo da esperança", completou o papa na presença da presidente de transição da República Centro-Africana, Catherine Samba Panza.
Samba Panza pediu "perdão" por "todo o mal" cometido pelos centro-africanos durante a violência entre as comunidades religiosas que vivem no país desde 2013.
"Depende das filhas e filhos deste país reconhecer suas falhas e pedir um perdão sincero, que sua bênção transformará em um novo fermento para a reconstrução do país", disse a presidente.
"Em nome de toda a classe dirigente do país, mas também de todos os que contribuíram para sua descida ao inferno, confesso todo mal que se fez e peço perdão do fundo de meu coração", completou.
Milhares de pessoas saudaram o papa Francisco ao longo da Avenida dos Mártires, que vai do aeroporto de Bangui à Praça da Reconciliação, onde uma multidão empolgada aguardava o pontífice.
Na Praça da Reconciliação, onde existe um monumento que representa uma imensa pomba branca da paz, Francisco subiu no famoso "papamóvel", a partir do qual saudou, de maneira relaxada e sorridente, os centro-africanos que agitavam bandeiras.
Quando o "papamóvel" iniciou o trajeto, a multidão superou os cordões de isolamento das tropas da ONU e da França para seguir o pontífice a pé, de bicicleta ou motocicleta.


 

Em um dos países mais pobres da Terra, a República Centro-Africana, o Papa abriu a porta santa da catedral de Bangui, antecipando o Jubileu da Misericórdia na ex-colônia francesa, onde a expectativa de vida não chega a 50 anos e 11% da população de 5 milhões têm o vírus da Aids. Francisco declarou Bangui como a capital espiritual do mundo.
“Neste território de sofrimento estão representadas todas as dores”, disse o Papa, que evocou a paz a todas as nações.
Referindo-se aos conflitos dos últimos 30 anos e a uma guerra civil de fundo religioso entre cristãos e uma minoria muçulmana, o Papa pediu a deposição das armas.
Francisco visitou um campo de refugiados e foi recebido com alegria. As medidas de segurança para o pontífice são excepcionais.
Pela primeira vez um Jubileu foi aberto longe de Roma, na Itália, sede mundial do catolicismo. No dia 08 de dezembro, Francisco dará início ao ano santo para os católicos de outros continentes.


 

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